É comum atribuirmos a culpa por uma carreira estagnada a fatores externos: o mercado que não oferece oportunidades, a economia em crise, ou a empresa que não reconhece o nosso valor. Embora esses elementos possam, sim, ter impacto, a responsabilidade principal por sua trajetória profissional é sua.

Antes de avaliar o ambiente ao seu redor, é essencial entender a si mesmo. No contexto profissional, que tipo de pessoa você é?


Três tipos de pessoas no mercado de trabalho

No mercado, as pessoas geralmente se encaixam em três categorias principais:

1. As que se acham melhores do que realmente são

Essas pessoas enfrentam frustrações constantes. Elas sentem que nunca recebem o reconhecimento que merecem, acreditando que deveriam ter sido promovidas há muito tempo ou que há uma conspiração que as impede de avançar. A intolerância à crítica é uma característica marcante desse grupo, o que frequentemente limita o aprendizado e o crescimento.

Impacto:
Essa visão inflada sobre si mesmo pode levar a atitudes arrogantes e a uma dificuldade em aceitar feedback, prejudicando o desenvolvimento profissional.


2. As que se acham piores do que realmente são

Esse grupo perde oportunidades valiosas porque subestima suas capacidades. Sentem receio de opinar, achando que sua contribuição não será relevante, e acabam assistindo colegas serem elogiados por ideias que elas mesmas poderiam ter dado. Falta de autoconfiança e incapacidade de valorizar o próprio trabalho são desafios comuns aqui.

Impacto:
Essa visão limitante impede que essas pessoas se destaquem ou assumam papéis de maior responsabilidade, mesmo quando possuem o potencial para isso.


3. As que têm uma visão equilibrada de si mesmas

Essas são as pessoas “normais”, ou seja, aquelas que têm uma percepção realista de suas habilidades e limitações. Elas sabem exatamente quem são, o que podem oferecer e onde precisam melhorar.

Impacto:
Esse grupo, embora seja a minoria, tem uma enorme vantagem no mercado. Consegue navegar com confiança e equilíbrio, aproveitando oportunidades de crescimento sem perder a humildade.


Qual é o seu tipo?

De acordo com a minha experiência, grande parte das pessoas acredita ser melhor do que realmente é, mas um número quase equivalente acredita ser pior. Poucos conseguem ter uma percepção realista de si mesmos — e é aí que mora o diferencial.

Quem está ciente de suas forças e fraquezas, e não se conforma em ficar parado, tem uma enorme vantagem no mercado de trabalho. Esses indivíduos sabem que o autoconhecimento é a chave para desenvolver competências, aproveitar oportunidades e construir uma carreira sólida.


Uma dica final:

Como dizia o glorioso Max Gehringer, entender quem você realmente é não só ajuda na sua carreira, mas também na forma como você se relaciona com o mundo. Então, antes de olhar para fora, olhe para dentro. É o primeiro passo para sair da estagnação e alcançar o sucesso.

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