Muitas pessoas procuram o curso de Psicologia para tentar se entender e resolver os problemas da vida, porém essa pode ser uma terrível escolha.

Cena 1: É janeiro de 2019, primeiro semestre da turma de Psicologia e o professor de processos psicológicos básicos lança uma pergunta para a turma: Por que vocês escolheram fazer Psicologia?

Timidamente alguns levantam os dedos e começam a falar:

  • Eu gosto de ajudar as pessoas;
  • Sempre gostei de resolver os problemas das minhas amigas;
  • Porque não sei matemática;
  • Tenho depressão e procuro me entender;
  • Porque quero abrir uma clínica.

Essa é uma cena muito comum e não leva mais de dois anos de curso para quem ingressa com essa mentalidade perceber que seus pressupostos para fazer o curso estão equivocados porque Psicologia tem muito pouco haver com isso.

Talvez o maior engano é pensar que Psicologia é assistencialista “ajudar as pessoas”. Quem gosta de ajudar as pessoas faz doação de cesta básica, dá conselhos, faz protestos, presta suporte, etc. Quem trabalha com Psicologia tem que gostar primordialmente de investigar o ser humano, ajudar as pessoas vem depois.

Além disso, as análises psicológicas mais fundamentadas envolvem muita matemática, e por fim, abrir uma clínica é uma atuação muito limitada.

Podemos ir além e inclusive afirmar que nem mesmo as faculdades sabem o que de fato é a Psicologia e acabam colocando os alunos em um bloco de atuação, limitando e reduzindo o sentido da profissão.

Isso é muito comum. Podemos citar o exemplo de quem estuda educação física no Brasil e sai da faculdade para atuar como personal trainer ou instrutor de academia. Eles não sabem que a atuação deles é muito mais ampla e que envolve muito mais intervenções psicológicas do que ensinar a usar equipamentos de musculação e montar treinos.

O mesmo ocorre com quem cursa Psicologia, muitos saem das faculdades com uma ideia muito limitada de atuação e com diversos preconceitos com relação aos psiquiatras, renumeração e a própria profissão. É um ambiente muito pobre para questionamentos e desconstruções.

Poucos deixam as faculdades com interesse e capacidade de investigar os processos da mente e entender o indivíduo na sociedade.

O Custo x Benefício

Se você está pensando em fazer um curso de Psicologia para se entender, é importante lembrar que por mês você vai pagar cerca de R$700,00 reais, isso se for em uma faculdade econômica, sendo que poderia pagar R$200 ou R$300,00 reais para um bom terapeuta. Além disso, o curso de Psicologia dura 5 anos e envolve muita leitura, trabalhos, e compromisso todos os dias.

A terapia em contrapartida é uma vez por semana e a cada sessão você vai levar suas questões para trabalhar junto com o psicólogo.

Como funciona a terapia

Existem várias formas de iniciar uma terapia. Nesse link reunimos algumas opções. Uma vez por semana você se encontrará com o Psicólogo(a) e durante 50 minutos haverá uma conversa sobre questões que você vai levar. Normalmente nas primeiras sessões o Psicologo(a) vai perguntar sobre sua história de vida e infância. Inclusive é perfeitamente normal que ele ou ela peça exames de outros profissionais para trazer mais informações sobre você.

O processo da terapia é muito mais vantajoso porque em vez de você aprender teorias de como funciona a mente, você vai entender com sua própria fala como funciona a sua mente. É impressionante como o processo de falar é terapêutico. Enquanto você fala, o Psicologo(a) vai reunindo informações e com base em uma teoria, vai fazendo perguntas e intervenções adequadas.

Se você já teve uma experiência desagradável com Psicólogos, insista várias vezes até achar alguém que te agrade, porque infelizmente tem muitos psicólogos(as) fazendo um desserviço para a sociedade por conta de despreparo.