Pensar e refletir sobre nossa vida, futuro e planos é algo que podemos fazer todos os dias, mas parece que deixamos sempre para fazer isso em períodos de fechamento de ciclos, como no fim do ano.

De fato, deixar passar os dias, meses, semestres sem questionar o próprio caminho, pode ser considerado um sintoma da modernidade. São muitas coisas para fazer, para resolver, para se preocupar, que quando percebemos, na tentativa de ser feliz, estamos cada vez mais infelizes, sempre procurando por algo.

E nesse processo de olhar para trás, e observar mais de perto o caminho que trilhamos até aqui, é muito importante perceber quais foram as situações ruins que nós mesmos nos colocamos. Acontecimentos em que fomos escritores do nosso sofrimento, procuramos por ele e criamos condições favoráveis para que ele se concretizasse.

Isso tem haver com se responsabilizar por si mesmo e não atribuir ao externo, a causa do nosso sofrimento.

O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.

Jean-Paul Sartre (Filósofo)

Para Sartre, somos seres livres, únicos responsáveis por nós mesmos. Não podemos tomar isso como uma verdade universal, afinal, a liberdade continua sendo uma das discussões mais antigas da humanidade.

De qualquer forma, é impressionante como podemos perceber várias situações ruins, que nós mesmos concordamos em viabilizar.

Uma das grandes estratégias para evitar isso é fortalecer a si mesmo. Isso significa ter forças para dizer não quando necessário e lutar pelo seus desejos e vontades de ser no mundo.

Quando somos fortes para assumir quem realmente somos, nos tornamos capazes de criar realidades adequadas aos nossos desejos e consequentemente, fazer com que nossas ações tenham mais sentido.

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