Entenda a importância de reconhecer e admitir os limites do seu corpo. 

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[dropcap] V [/dropcap] ocê é uma daquelas pessoas que excede seus limites e depois fica se sentindo exausto? Com os avanços da tecnologia e os próprios hábitos de competição que a sociedade foi criando e desenvolvendo ao longo das últimas décadas, esse tipo de comportamento está cada vez mais em evidência. Junto com a exaustão física e mental, vem uma série de vulnerabilidades que podem e vão acabar afetando o indivíduo através de doenças e distúrbios psiquiátricos, por mais que ele ache que essa sobrecarga vai passar despercebida. Você fica acordado até altas horas e dorme muito tarde? Não consegue dizer não para os outros e sobrecarrega-se de responsabilidades? Coloca-se em relacionamentos que não tem futuro? Obriga sua mente a trabalhar de forma intensa mesmo quando ela já começa a dar sinais de cansaço? Fica sem comer por muitas horas e, quando come, alimenta-se mal? Se você se identificou com duas ou mais de nossas perguntas, é bem provável que você esteja excedendo seus limites e sobrecarregando suas capacidades.

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Como posso sair desse ciclo?

Primeiramente, é preciso entender os motivos dessa sobrecarga. Quando não respeitamos nossos limites e nossa própria identidade, corremos um sério risco de utilizar nosso corpo de forma errada, que se converte em doenças e danos psicológicos. É preciso entendermos que nosso corpo, diferentemente dos computadores, não é uma máquina e precisa ser preservado para não começar a falhar. Nossa mente é extremamente potente, mas é também vulnerável aos nossos estímulos. Uma pessoa muito insatisfeita com o seu peso, por exemplo, pode criar meios de combater isso, como por exemplo através da anorexia. Se você tem alergia a algum tipo de alimento e mesmo assim continua a comer o que lhe faz mal, estará contribuindo para o agravamento do quadro ou o surgimento de sequelas. É assim em todas as esferas da vida.

É importante pararmos de avaliar o que gostaríamos de ser e passarmos a reconhecer nossos limites e identidade para que as atividades do dia a dia se tornem tarefas saudáveis. Isso requer um trabalho que envolve seu próprio ego e todas as inseguranças e medos que você carrega, como aquele pensamento que acredita que a vida só será boa e satisfatória quando for alcançado tal patamar. É preciso desapegarmos das ilusões, que nos sonhos podem ser muito promissoras, mas que na vida real acabam nos levando para o vazio e para as comparações com o nosso próximo. Respeitando todos os limites do seu corpo – descansando e alimentando-se bem quando sentir fome ou sono, tirando férias para relaxar e curtir o instante com amigos e familiares, cuidando da saúde e sabendo dizer o que sente no coração – a vida se torna muito mais leve e equilibrada.

Outro erro cognitivo é a lei dos “deveria”, que leva muita gente a fazer coisas que não fazem parte de sua essência e isso gera um oceano de frustrações posteriormente. Quando se está em sincronia consigo mesmo, nada acontece de forma forçada, pois as impressões que você deixar por onde passar serão aquelas que as pessoas vão utilizar para se comunicar ou interagir com o seu mundo. O importante é saber que há sempre tempo de retroceder ou de abandonar velhos hábitos e isso, de fato, pode ser um grande progresso. A vida nos dá a chance de redesenhar nosso mundo e, se plantarmos não o que queremos, mas o que somos, plantaremos o que nos serve.